Nos meus tempos de juventude, convivi, mais ou menos de perto, com muita gente que é hoje bastante conhecida. "Figuras públicas" como se costuma dizer.
Alguns, estão na Assembleia da República. Por vezes após terem feito assinaláveis golpes de rins que os levaram a posições muito distantes das que inicialmente assumiam. Por exemplo, uma conhecida deputada, que hoje está no PSD mas que conheci a militar, ainda na clandestinidade, na então chamada UEC.
Outros estão na televisão como comentadores bem pagos.
Há mesmo alguma dessa gente que está ou esteve em cargos governamentais,autárquicos e outros.
Já aconteceu, uma ou outra vez, ter passado por perto de alguns desses conhecimentos antigos.Na maior parte dos casos, não se lembram ou fazem que não se lembram desses tempos em que me conheciam.
Alguns, estão na Assembleia da República. Por vezes após terem feito assinaláveis golpes de rins que os levaram a posições muito distantes das que inicialmente assumiam. Por exemplo, uma conhecida deputada, que hoje está no PSD mas que conheci a militar, ainda na clandestinidade, na então chamada UEC.
Outros estão na televisão como comentadores bem pagos.
Há mesmo alguma dessa gente que está ou esteve em cargos governamentais,autárquicos e outros.
Já aconteceu, uma ou outra vez, ter passado por perto de alguns desses conhecimentos antigos.Na maior parte dos casos, não se lembram ou fazem que não se lembram desses tempos em que me conheciam.
Esse pessoal, soube subir na vida. Aproveitou as oportunidades que lhes surgiram ou que procuraram. Para a maioria, o 25 de Abril foi a maior das oportunidades.Porque lhes permitiu valorizar uma real ou suposta participação na resistência ao anterior regime.
É claro que isso não foi nenhum crime; estavam no seu direito. Só que, às vezes, tendo em conta o que defendiam em certa altura da vida, e, também, o que demonstravam valer, dou por mim a pensar que, se calhar, passei ao lado de uma" grande carreira", por não ter sido "realista e pragmático" como eles.
Mas essa sensação vai-se embora imediatamente. Quando dou conta de que nunca seria capaz de me amoldar às circunvoluções que essas carreiras, quase sempre implicaram.
Por isso, não me lamento de continuar a ser um anónimo e modesto cidadão, que percorreu o caminho que escolheu, com a veleidade de não hipotecar os seus ideais às conveniências do momento.
Mas não deixo de esboçar um leve sorriso, quando vejo, a intervir publicamente, muitos desses cidadãos. É que, nessas alturas, nunca resisto à tentação de "rebobinar o filme".
E as coisas de que me lembro então!
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