Um destes dias, vi, num canal francês de televisão, uma reportagem, feita numa escola, mostrando a respectiva directora, altamente preocupada com a indumentária das alunas, chegando ao ponto de impedir a sua entrada, quando considerava que a jovem usava roupas "não convenientes".
Esta é, certamente, uma questão que não é fácil de analisar, porque nunca se sabe bem ao certo, quais os limites a observar. Se é que há ( eu considero que há) , nesta matéria, limites a ter em conta.
Sabemos como os jovens são influenciados pelos media, no que respeita a modas. Se vêem os seus ídolos vestidos de uma certa forma, tentarão imitá-los.
No entanto, muitas das adolescentes, não se dão conta de que, para lá de os contextos em que as referidas vedetas aparecem com roupas mais ousadas serem completamente diversos do chamado "dia-a-dia", há indumentárias que poderão estimular comportamentos menos adequados, por parte dos seus colegas, eles próprios também, de modo geral, ainda não preparados para lidar natural e informadamente, com as questões da sexualidade.
A propósito, ocorre-me uma história verídica ocorrida com um aluno que foi acusado, pelas colegas da turma, de passar a vida a "apalpá-las".
Chamado ao Conselho Executivo, o moço defendeu-se:
-Ó "setor" não é verdade o que elas disseram, As meninas, na maior parte das vezes, é que se encostam a mim, de propósito, para me provocarem!
E, acrescentou com um suspiro:
-A mim. às vezes, até nem me apetece!
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