Desde os meus 7 anos que assisto a jogos, com uma certa regularidade.
Já vivi, com este espectáculo, algumas emoções que não esquecerei. Isto talvez seja difícil de ser entendido para quem não aprecia o pontapé na bola...
Respeito, é claro, a opinião daqueles que não acham piada nenhuma ao futebol. Estão no seu direito.
Mas eu também tenho direito a querer continuar a ter a possibilidade de ver futebol.
Pelo caminho que as coisas estão a tomar, receio bem que, dentro de alguns anos, o fufebol seja um espectáculo em vias de extinção.
Pelo caminho que as coisas estão a tomar, receio bem que, dentro de alguns anos, o fufebol seja um espectáculo em vias de extinção.
Porque há por aí gente que parece apostada na sua destruição.
Dirigentes incompetentes e corruptos, para quem o futebol é apenas um meio de atingir fins inconfessáveis. Empresários feitos à pressa, que veem aqui uma oportunidade de embolsarem dinheiro fácil e abundante. Políticos que se associam a esta gente toda, por pensarem que, deste modo, vão subir mais depressa. Magnatas que compram clubes, como formas de se auto-promoverem, ou mesmo de branquearem coisas menos limpas.E por aí fora.
Não sou daqueles que pensam que o futebol, por si só, é um demónio social que tenha de ser expurgado. Mas, como cidadão, não pretendo que ele goze de uma impunidade que o distinga de todas as outras actividades.
Os clubes têm de pagar impostos como as outras empresas (já que apostaram em os transformar nisso mesmo, em sociedades anónimas, acumulando, alegremente, prejuízos de enorme dimensão). Os jogadores têm, em casos de prevaricação contra a integridade física de terceiros, de ser punidos criminalmente (se eu agrido o meu vizinho, não apanho dois dias de suspensão no meu emprego...). Nas cercanias dos estádios, em dias de espectáculo, as regras de trânsito terão de ser iguais às de todos os dias (posso, habitualmente, estacionar em cima do passeio sem ser multado, como acontece quando há jogos?). Para só dar alguns exemplos de um tratamento diferenciado para esta área.
Por tudo isto, o chamado "Zé da Bola" tem de se insurgir contra quem, se as coisas não mudarem, está a contribuir para que, mais tarde ou mais cedo, se assista à agonia dos clubes (alguns já lá estão) e, consequentemente, à destruição do futebol.
Daí não viria mal nenhum ao mundo, dirão alguns.
Porque, repito, gosto mesmo de futebol, não concordo!
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