sexta-feira, janeiro 14, 2005

MAIS DO MESMO ? 2

José Sócrates acaba de anunciar que, se ganhar as eleições, não admite a possibilidade de repor os benefícios fiscais que o governo de Santana Lopes aboliu.
Sem entrar pela questão de se saber se esses benefícios são ou não socialmente justos e necessários, há reflexões que não podemos deixar de fazer.
Com efeito, na altura em que foram anunciadas essas alterações, não me lembro de ouvir o líder do maior partido da oposição aplaudir a medida ou, pelo menos, dizer que a ela não se opunha. Agora, perante uma situação política diferente, pouco a pouco, e sempre em nome da estabilidade ("houve uma decisão que não deve ser alterada"), vai adiantando a sua concordância com decisões, por vezes controversas, do governo em funções.
Sendo assim, muitos eleitores poderão ficar ainda mais confusos do que, provavelmente, estarão neste momento. Afinal, se tivessemos de escolher, apenas, entre os dois actuais maiores partidos (o que, como todos sabemos, não é obrigatório), quais as diferenças substantivas que determinariam a nossa opção?

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