Dizem que há 1001 maneiras de cozinhar bacalhau.
Também, digo eu, há 1001 discursos para embrulhar campanhas eleitorais.
Eis o nº 324:
"Portuguesas e portugueses:
Faltaria ao mais grave dos deveres, se nesta hora solene, eu não erguesse a minha voz, modesta mas sincera, para vos dizer tudo aquilo que me vai na alma.
E o que me vai na alma, já todos vós sabeis o que é e não precisa de ser dito em voz alta.
Porque o peso dos sentimentos é muito forte e não deixa margem para dúvidas.
Todos vós conheceis quem eu sou e a força da minha razão.
E a razão, por mais voltas que o mundo dê, sempre vencerá.
Não me importa o que os outros digam ou pensem de mim. As minhas palavras são honradas e verdadeiras. Por isso vos afirmo que podeis confiar em mim.
O futuro está nas nossas mãos. Temos desafios a vencer e vamos vencê-los, que ninguém tenha nenhuma dúvida a esse respeito.
Temos projectos. Outros não. Temos ideias. Outros não. Temos convicções. Outros não.
É por isso que estou aqui. A cumprir o meu dever de servir. O meu dever de abrir caminhos.
Por isso vos digo. Vamos, todos juntos, construir Portugal!"
Este discurso pode prolongar-se por mais meia hora ou ainda mais. Isto de enrolar palavras é uma técnica que se pode usar até ao infinito.
Ou, como diria o outro
"Eles falam, falam, mas eu não os ouço a dizer nada!"
Mas nós, aqui, somos diferentes.
Temos ideias novas.
Como a que se segue, oriunda da Wind, assessora para o ambiente.
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