Um destes dias vi o pintor José Rodrigues na televisão a falar das dificuldades financeiras que a Cooperativa Árvore atravessa.
O Solar dos Meireles, onde, desde sempre, se alberga a sede da instituição, está a necessitar de urgentes obras de conservação e, pelos vistos, não há recursos suficientes para o fazer.
Tive o privilégio de assistir à inauguração desta Cooperativa, em 1963 e , desde então, ali tive acesso a inúmeras iniciativas de ordem cultural.
Logo a seguir ao 25 de Abril, a Árvore foi alvo de um atentado à bomba, oriundo da tristemente célebre "rede bombista" , que danificou seriamente o edifício.
Vários sectores da cidade, souberem, então, erguer-se, para o reconstruir.
Agora, os tempos são outros.
Perante as actuais dificuldades, parece haver um onda de indiferença. que, em certo sentido, pode prefigurar um "ajuste de contas". Se não, como se compreende, por exemplo, que a Câmara do Porto, não possa, de algum modo, intervir na resolução do problema.
E o que é triste é sabermos dos milhões que foram (são) gastos com estádios de futebol ( já disse várias vezes que gosto deste espectáculo) e vermos organismos de inegável valor cultural, andarem a mendigar apoios que, noutras circunstâncias e noutros países, seriam óbvios.
É pois, imperioso e urgente, que não se deixe secar esta Árvore.
Sem comentários:
Enviar um comentário