terça-feira, abril 25, 2006



Há muitos anos atrás, havia quem, pela calada da noite, arriscando a segurança ou até mesmo a vida, procurava muros brancos, para escrever, quase sempre com nitrato de prata (um produto que era mais difícil de apagar) uma palavra que hoje nos parece tão simples e banal, mas que então, era considerada como subversiva.

Tão subversiva que, logo que os zelosos guardiões do templo a descobriam, não descansavam enquanto a não safassem ou não a cobrissem com a tinta da censura.

Pssados 32 anos, ainda é preciso recordar esses tempos.

Para que não se esqueça que houve gente que lutou para que hoje essa palavra seja banal.

Tão banal que até permite que se ergam vozes que, paradoxalmente, a ponham em causa.

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