Às vezes ouço colegas de profissão (e não só) dizer que as novas gerações são comodistas, não têm espírito de sacrifício, porque têm a vida facilitada e outras coisas do género.
-No meu tempo, não era assim...
É nessas alturas que lhes falo nos telecomandos e consigo, no mínimo, que fiquem um pouco abalados nas suas fortes convicções..
De facto, essas pessoas acabam por reconhecer que, elas próprias, também usufruem de comodidades que lhes facilitam a vida e das quais já não abdicam.
Por exemplo, há uns anos atrás, quando queriam mudar de canal na televisão, tinham de se levantar do sofá e mexer nos botões.Com algumas vantagens, diga-se: faziam algum exercício físico e raramente caiam no "zapping".
Agora há telecomandos para tudo e para nada. E qualquer maquineta que se preze, desde estores a luzes, a automóveis, a aparelhagens de som, a ar condicionado, ..., se não tiver apenso um desses utensílios, vende-se muito pior. Ou mesmo, em certos casos, ninguém lhe pega!
Os telecomandos estão omnipresentes na nossa vida. Por isso, a sua intervenção no nosso quotidiano já é tão normal, que já nem damos conta de que também há quem nos telecomande a nós...
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