Este almofariz, foi de um bisavô, passou para o avô Aleixo, depois para a minha mãe e hoje está cá em casa. Se tudo correr como até agora, ficará com o meu filho.
Pelas minhas contas, terá cerca de duzentos anos.
Há quem não se prenda muito a estas velharias.
Mas, cá para mim, elas ajudam a manter a identidade de uma família.
A fazer reviver gente que sonhou, amou, teve esperanças e desilusões. Depois passou, e duas gerações após, já quase não deixa rasto.
Se cortarmos definitivamente com os laços do passado, será, também, um pouco de nós que morre.
NOTA - A publicação dos textos para o debate, continuará na próxima semana.
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