Eis uma participação no debate, que, apesar de me ter chegado"sobre a hora", já quando tinha preparado os posts finais, não vou deixar de publicar. Ao lerem, vão entender porquê: trata-se de um testemeunho vivido, de alguém que viu abrir-se-lhe "uma porta para o resto da vida".
A palavra, pois, ao Marte.
Eu devo muito à Internet. Comecei nestas andanças em 1996 com 14 anos. Desde logo senti-me atraído pelos Chats. Queria conhecer pessoas de todo o mundo. Fascinava-me a possibilidade de falar com pessoas de outras culturas que conhecessem outras coisas… e assim foi. Durante alguns anos mantive contactos por mail e por carta(!) com amigos dos E.U.A., Argentina e Suécia. Vivia ansiando por receber notícias, sendo que, se as cartas ou emails se atrasavam 1 dia do previsto, entrava em pânico pensando o pior. De dois em dois meses falava com alguns por telefone. Para além do conhecimento, estas amizades foram óptimas para treinar o meu Inglês, escrito e falado, pelo que teve grande contribuição para as boas notas que fui tendo nessa disciplina. Destas primeiras amizades não mantive nenhuma, infelizmente, fui perdendo os seus contactos e agora ficam apenas as memórias.
Uns anos mais tarde, já comunicava com portugueses. Fui criando novas amizades. Como a proximidade era maior, o desejo de conhecer as caras era também maior. Conheci muita gente. Vivi algumas aventuras. E conheci uma pessoa que me abriu as portas para o resto da minha vida. No primeiro encontro face-to-face ela levou algumas amigas com ela (o receio do desconhecido estava presente) e foi quase como paixão à primeira vista… não pela minha amiga virtual, mas sim pela amiga da minha amiga virtual (ao estilo do Hi5…). Estamos juntos vai fazer 9 anos (7 de namoro + 2 de casamento) e temos um filhote com 15 meses. Por tudo isto não vejo a Internet como um meio de isolamento. A internet tem imenso potencial de Socialização, desde que seja bem aproveitada. Sobretudo há que se ser verdadeiro na comunicação via Net; se não se for verdadeiro, o medo de se ser desmascarado na vida real estará sempre presente e aí sim, surgirá o isolamento de forma a que não caía a máscara de quem tecla…
1 comentário:
Gostei de ler este testemunho!=)
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