Quem tenha, nos últimos dias, lido jornais ou ouvido as notícias na televisão, soube do caso daquele sujeito que apareceu como salvador do quase falido Boavista (para quem não saiba, um dos mais antigos clubes de futebol de Portugal), arruinado por anos de gestão suicida (se calhar, ainda hei-de voltar ao assunto).
O homem prometia largos milhões de euros que iriam resolver todos os problemas do clube.
Mas, é claro, tudo era uma trapaça, nem sequer muito bem urdida e que acabou com o indivíduo na Polícia Judiciária.
Mas há, nesta história, um pormenor que não deixa de ser delicioso. De facto, um dos aspectos que ajudou a concluir que se estava em presença de uma falcatrua, foi, o terem detectado, num suposto documento de garantia bancária, a palavra "balor", quer dizer, valor dito e escrito à moda cá do Porto.
Eis mais uma prova de que, efectivamente, a língua portuguesa é mesmo traiçoeira...
E, então, nunca deixando de lado a costela pedagógica que tenho agarrada à pele, após quase três décadas de profissão docente, aqui fica uma sugestão aos colegas que ainda estão no activo. Quando tiverem pela frente aqueles alunos que, como dizia o Pessoa, acham que "ler é uma maçada, estudar é nada", podem contar-lhes esta história verídica, rematando com:
-Estão a ver como até para ser vigarista, é preciso aprender umas coisinhas?!
1 comentário:
Ora aí está! hehehe
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