Nestes tempos de intempérie, dependemos de alguns equipamentos para evitarmos, o mais possível, molhadelas nada agradáveis.
O guarda-chuva ( que os amigos lisboetas e outro pessoal lá do sul insiste em chamar "chapéu de chuva") é um desses equipamentos.
Mas trata-se de algo que só transportamos quando não pode mesmo deixar de ser. Em geral, se quando saímos de casa não chove, é certo que o dito cujo não segue viagem connosco.E esse facto tem muito a ver com o facto de ser um objecto incómodo, que se esquece em qualquer sítio e também algo frágil. Basta ver a quantidade de destroços de cabos, varetas e panos que ficam pelas ruas em dias em que os aguaceiros são acompanhados de maior ventania.
Não era esse um problema para os timorenses.
Quando vivi nesse longínquo território, dei conta de que as populações locais dispensavam guarda-chuvas. Pelo menos esses que se compram nas lojas e são produzidos industrialmente.
De facto, quando a chuvada era maior, os timorenses resolviam o problema muito facilmente. Iam-se a uma bananeira e cortavam uma das suas largas e impermeáveis folhas, mantendo o longo pé.
Assim se abrigavam. Com a vantagem de, passado o temporal, a folha poder ser abandonada, sendo facilmente decomposta pela natrureza.
Era, então, uma protecção prática e ecológica.
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