Há dias, falando da acção do Município de Matosinhos penalizando os que cospem para o chão, dei conta de um comentário da Wind, referindo-se ao hábito, bem patente por exemplo em transmissões televisivas, de os jogadores de futebol cuspirem, frequente e copiosamente para o terreno.
E isso fez-me recordar um episódio acontecidos há alguns anos.
Eu era, ao tempo, responsável pela gestão do pavilhão gimnodesportivo da escola onde trabalhava, no tocante à sua cedência a colectividades desportivas da zona em horário pós-escolar.Certa vez, reunindo com essas colectividades, chamei a atenção aos respectivos dirigentes, para o facto de as paredes do pavilhão estarem largamente conspurcadas por cuspidelas dos jogadores que utilizavam esse espaço.
Todos os responsáveis presentes na reunião estavam de acordo na necessidade de se travarem esses hábitos anti-higiénicos dos seus atletas, ainda para mais, por decorrerem num recinto fechado.
Todos, menos um.
Para enorme surpresa minha, pediu a palavra e disse algo como:
-Ó professor. O senhor tem de entender que deixar de cuspir as paredes é impossível.
Perante o meu ar boquiaberto, acrescentou:
-Sabe que um jogador de futebol tem de cuspir!
Enfim! Pelos vistos eu não sabia que cuspir para as paredes faz parte das regras do jogo...
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