Terminou, em Roma, a Cimeira da FAO, que deveria adoptar medidas concretas para erradicar esse flagelo humanitário que é a fome no mundo, até ao ano de 2025. Essa foi uma meta que tinha por base declarações anteriores de potências dominantes.No entanto, interesses diversos que combatem entre si nestas alturas, acabaram por produzir uma resultado decepcionante.
Com efeito, a declaração final é vaga, não estabelece compromissos sólidos para o futuro. Fica-se pela fugaz intenção de vigiar para que medidas urgentes sejam tomadas (...) para reduzir em metade a percentagem e o número de pessoas que sofrem de fome e de subnutrição até 2015.
Entretanto, a reunião preparatória da Cimeira de Copenhaga, que deveria adoptar medidas para reduzir a emissão de CO2 para inverter a trágica subida do "efeito de estufa" que ameaça, entre outras coisas, a existência de grandes faixas de território em diversos países, também se salda por um lamentável fracasso. Os principais poluidores, China e EUA, não querem comprometer-se com metas concretas. Pensam muito mais nos seus planos de "crescimento económico" do que com a saúde do planeta e com a sustentabilidade do nosso futuro colectivo.
Mais uma vez se prova que, as boas palavras dos altos responsáveis, soam bem mas são um puro exercício de hipocrisia. Quando se trata, apenas, de falar, tudo se promete. Mas quando chega o momento de agir, encolhem-se.
Mas que raio de "crescimento económico" será este que põe em risco o planeta? Para que é que precisarão as gerações, presentes e futuras, de um "crescimento económico" que, às tantas, não vai ter nenhuma oportunidade de se evidenciar, porque o mundo já será um deserto, estéril e quase impossível de habitar?
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