Mal o ano lectivo está a começar, e as notícias sobre actos de violência em escolas já aparecerem em jornais.
Há dias, numa escola EB2.3 do concelho de Lousada, um grupo de cinco "estudantes" com idades entre os 15 e os 17 anos, agrediu um outro aluno, mais jovem, sobre o qual exerciam o denominado bullying.
O aluno agredido queixou-se em casa. Resultado: no dia seguinte, um grupo de familiares e amigos, esperou o tal grupo e "deu-lhes forte e feio". De tal modo que todos os 5 tiveram de passar pelo hospital.
Deve referir-se que estes alunos dos CEF (cursos de Educação e Formação) estão incluidos nos tais 500 mil cidadãos que o Primeiro Ministro tanto refere terem voltado à escola, que tinham abandonado precocemente, para obterem qualificações escolares que os tornarão mais felizes e socialmente melhor sucedidos .
Como princípio, não há dúvidas de que tudo o que se fizer para melhorar a educação e formação dos portugueses, é de aplaudir.
Mas no que se refere à qualidade destas formações é que temos de conversar.
Com efeito, no caso destes CEF ( e já não falando, p. ex. nos célebres cursos de jogador de futebol), na maioria dos casos, eles estão integrados em escolas habitadas fundamentalmente por alunos de níveis etários muito mais baixos. Assim, alunos com 17 anos podem conviver com alunos de 10.
Em vários casos de que tenho conhecimento, estes "estudantes" passeiam-se pelas escolas, causam distúrbios, vandalizam materiais, incomodam professores e funcionários. Não respeitam os direitos dos mais novos, passam-lhes à frente nas filas, humilham-nos...
Por exemplo, esta colega professora tem muito para contar sobre os CEF´s a que leccionou no ano passado. E este ano vai ter uma experiência com os cursos profissionais das escolas secundárias.
Mas, no fim, estes "repescados" para a escola, saem com um diploma.
Terão adquirido novas competências ou o que apenas vais contar é que vão contar simplesmente para a melhoria das estatísticas do abandono escolar?
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