Vou , por agora, encerrar a publicação dos textos que me chegaram, tendo em conta o desafio que vos lancei há tempos.
E o último a falar (antes da minha intervenção final, na qualidade de "moderador"...) é um dos mais recentes amigos que tem aparecido neste Peciscas.
É José Torres (Xistosa), homem da minha geração.
Quem costuma ler os seus posts, já se apercebeu que o José usa, na maior parte das vezes, um humor quase sempre corrosivo e cáustico, que vai distribuido em doses certeiras.
Aliás, o depoimento que vais ler, reafirma esse mesmo estilo peculiar.
1 - Se a felicidade existe?
É óbvio que, o que podemos desejar neste jardim, agora florido, do que todos os dias, desde que me conheço, receber as bênçãos dos nossos governantes.
Antes, éramos violentados conscientemente, consciência e vivência.
Hoje, continuamos a ser conscientemente violentados, (atenção que isto não é matemático, onde a ordem dos factores é arbitrária - cada um no seu devido lugar e com respeito), mas como dizia, continuamos a ser conscientemente violentados, com as arbitrariedades e experiências retumbantemente mal sucedidas, de corruptos políticos, que fazem do compadrio, a apologia do "amparo", sem olharem a credos, cores partidárias ou disciplina de voto.
São todos de carne e osso e quanto mais, em menos tempo melhor.
Que felicidade!
2 - Diferentes tipos de felicidade.
Certamente que os há e ainda bem. Só que nem todos contribuirão para o nosso bem estar, mas por exemplo, deixar cair um peso sobre um pé, entalar a mão numa porta … solta-se imediatamente o palavrão, panaceia de todas as dores.
A gasolina aumenta exponencialmente com os lucros das petrolíferas.
Certamente que a felicidade deles supera em grande, a nossa pequena felicidade de ainda termos gasolina à disposição.
3 - Ser feliz
É acordar todos os dias com o dedo grande do pé direito a mexer e reparar, para nossa felicidade que o esquerdo também mexe, naquela conspícua união, esquerda/direita, que para muitos não passa duma utopia, (a delapidação de tudo é a prova cabal), mas para mim é uma enorme felicidade.
4 - Mantenho-me feliz permanentemente, salvo raras excepções em que sonho que vivo em Portugal. Por outro lado, esta mais pequena infelicidade é, largamente compensada com as vezes que fui ministro, saí com beldades e acertei no euromilhões.
5 - Viver uma vida sem felicidade?
Filosoficamente talvez sim, talvez não, mas a prática da vida faz-me discordar.
(Eu sou a favor e contra, quando é necessário!)
Sim, é possível e nesta altura desejável.
Ser um "idiota chapado", não pagar as contas da água, luz, gás, telefone, internet … esperando que as diversas empresas as cobrem coercivamente pelos zelos cumpridores e felizes seres, que habitam o quinhão.
Não declarar nem pagar quaisquer impostos devidos ou a dever, deixando todo o trabalho para o fisco a coacção de o fazer … para chegar á conclusão que não há ponta por onde pegar.
Dizes-me que agora dá prisão, nalgumas situações … então talvez concorde que não é possível que não haja momentos de felicidade, quando nos dão um pijama ás riscas, um compartimento para dormir, descansar e fazer as necessidades básicas, que nem os sem abrigo sonham vir a ter e ainda alimentação, para não falar nas horas de ócio.
Então, desisto, porque face a isto, a felicidade existe!!!
1 comentário:
Gostei do texto dele!=)
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