Ali para os lados da terra onde nasci, um destes dias, uma jovem queria sair de casa, nas vésperas de um teste escolar.
A mãe não deixou, e a filha discutiu a decisão.
No decorrer da altercação, a mãe retirou o telemóvel à fillha.
Esta, então, foi refugiar-se no quarto e disparou contra si uma pistola que pertencia ao pai.
O pai estava ausente de casa, pois encontrava-se a participar na peregrinação do 13 de Maio a Fátima.
Isto dá para pensar.
Por exemplo:
1- Como se processam as relações familiares em muitos agregados, com a autoridade parental a ter muitas dificuldades em se impor.
2-O valor simbólico que um telemóvel assume para a maioria dos nossos jovens, a ponto de ficarem desesperados quando o objecto lhes foge do alcance. De relembrar os repetidos casos de indisciplina, em torno do uso destes aparelhos nas escolas.
3- A facilidade com que as armas andam por aí à solta.
4-E a contradição: um homem vai numa peregrinação religiosa, supostamente porque cultiva valores de paz, solidariedade, tolerância. Mas tem uma arma em casa...
3 comentários:
Bem, podes crer, que história!!
Tudo o que descreves dá mesmo para pensar porque a mente humana é mais complexa do que se pensa e algumas das vezes não tem nada a haver com a educação. Digo-te isto devido a dois casos familiares acabados em tragédia.
Quanto à arma...já sabes o que penso sobre elas.
Olá! Bons ventos me trouxeram aqui! Cheguei através do Blog da Odele, mãe da Flávia. =]]]
Esse post é para pensar mesmo. Tem coisas que acontecem na vida da gente que é impossível explicar e esse caso é um exemplo típico. E muito bem colocado: como alguém vai a uma peregrinação e tem uma arma guardada em casa... que coisa mais ambígua! Triste...
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