Está sempre aqui à mão.
Quando escrevo, nomeadamente na blogosfera, com muita frequência me levanto e vou ali à estante consultá-lo. Para tirar dúvidas da grafia de uma palavra, para obter o sinónimo de um termo.
É o melhor dicionário que conheço.
No entanto, com essa história de um acordo ortográfico que é, no mínimo, precipitado, excessivo, por vezes até caricato, corro o risco de ficar com uma peça de museu na prateleira.
Eu acho que uma língua é um modo de comunicação dinâmico, que está em constante evolução. Mas, no caso presente, o que se está a tentar fazer é uma "revolução" tão radical e tão estapafúrdia, que, invalida, desde logo, a vontade de mudar seja o que for.
Se calhar, um outro acordo, mais realista, mas ponderado, mexendo apenas naquilo que for imperioso, para que a língua portuguesa continue a poder ser usada como meio de expressão usado por muitos povos que se compreendam entre si, fosse uma solução a encarar.
De qualquer modo, espero bem que esta tolice não vá para a frente, até porque a aquisição desta obra tão bem elaborada quanto completa e que tão útil me tem sido, ficou um tanto carota...
2 comentários:
Também tenho sempre à mão o meu "ensina burros" como o meu pai o apelidou.
Mas sabes Peciscas, embora respeite todas as opiniões para mim é algo que não me preocupa em nada, mas nada mesmo, embora também te diga com toda a franqueza que não estou totalmente por dentro do dito acordo. A língua está em constante transformação, não fosse ela viva e tenho muito mais com que me preocupar do entrar numa luta em defesa da "exclusividade". Serão seis anos e em seis anos tanta coisa muda e actualmente tento mudar situações mais aberrantes. As letras mudas só atrapalham e a abolição da acentuação das palavras terminadas em "mente" também deram água pela barba.
Aqui lembro-me de uma anedota (julgo que seja)dos meus tempos de estudante:
Um soldado pede ao outro para escrever uma carta para a namorada: blá, blá...e agora vai-me esperar à estação de Cuimbra. O outro ao ler disse que Coimbra era com "o", logo arrematado pelo autor: percebeste não percebeste? qual a diferença?
Como é óbvio é um erro a juntar a muitos que não se deve dar sobretudo quem preza escrever correctamente...mas preocupa-me mais:
- a fome
- a pobreza
- a impunidade reinante
- o andarmos a reboque de uma UE que não ata nem desata
- os maus tratos a velhor e crianças entregues a instituições
- a quem padece
- a educação - e aqui teremos tempo de entrar no acordo:)))))))))
Desculpa a extensão, mas deve da porra da ciática que pela primeira vez resolveu fazer das dela.
Um abração meu amigo
Concordo inteiramente contigo, este acordo não tem jeito nenhum!
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